"E de repente a vida te vira do avesso, e você descobre que o avesso, é o seu lado certo." (Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A vida é um sopro



De fato. E só percebemos isso quando vemos tanta coisa mudando em pouquíssimo tempo. Essa semana a minha avó querida fez 77 anos. A casa estava cheia, nos três turnos do dia. A noitinha uma prima disse: "É... em 77 anos ela conheceu muita gente, fora os filhos e um tanto de neto." Se em 20 já vi, ouvi e vivi um tanto, quanto mais Dona Lili...

Ontem, a notícia da morte de Oscar Niemeyer rendeu inúmeras homenagens ao arquiteto, até então mais ''velho'' do mundo. No dia cinco, dez dias antes de completar cento e cinco anos, ele faleceu. O que tem a ver a coincidência do cinco? Nada! Mas como não refletir sobre esse tanto de vida, do dono da frase "a vida é um sopro". Que ironia! Se a vida dele foi um sopro, haja fôlego para soprar 105 anos...
Quisera eu. Se hoje já possuo recordações aglomeradas em instantes que queria que não passassem, imagina se conseguisse viver isso tudo! Oscar dizia que o segredo para manter a lucidez na idade dele, era manter a memória em dia. Uma boa, recordar é realmente viver!

Em tempos modernos, onde as coisas ganham uma efemeridade cada vez mais espantosa, a vida virou corre, corre. Atividade, compromisso, responsabilidade. Eu lembro que o ano começou outro dia e já termina daqui há 24. 2012 de quase duas mil e doze lutas... Salvo a maneira hiperbólica de falar, foi um ano de lutas e conquistas, quase duas mil e doze também e, outras mais que ficaram para o ano que vem! Mas se o assunto é vida, deixa essa retrospectiva para um próximo post.

Vida que muda, que evolui, que passa. A minha mudou muito esses últimos 1 mês e 10 dias depois de casada. Essa nova vida em nada me assusta, mas consome, consome muito! Deve ser sopro também... Sopro leve, prazeroso! Trabalho dá, mas o que não dá trabalho na vida? “A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem”, mais uma de Niemeyer que se encaixa nessa nova fase. Dá para perceber que se a arquitetura não tivesse dado certo para ele, o ser poeta garantiria o pão de cada dia. Ainda bem que jornalismo também está dando certo para mim. É preciso acertar nas escolhas dessa vida. A minha mãe sempre diz que a vida é uma escola e, nós, alunos, precisamos estar dispostos a aprender. De tanto estar, tenho aprendido. E muito!

A vida nos leva pra onde ela quer. Mas nós precisamos saber o que queremos dela. “Cada um vem, escreve sua historinha e vai embora. Não vejo segredo em levar a vida”, acho que por pensar isso que ele conseguiu levar a vida por um século e mais quatro anos... Realmente não devemos ver segredo em levá-la, desde que seja para um futuro certo e não a qualquer eira nem beira. Esqueça a preguiça de levantar da cama. Viva hoje e viva já! O passado chega tão rápido e, o presente (nome tão sugestivo), não costuma esperar.


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Pra que outros possam viver

"Existe algo de muito errado em nosso meio. Algo de muito errado em meio aquilo que chamamos de evangelho do reino de Deus. O evangelho é do reino de Deus, não  evangelho do reino dos homens para os próprios homens. Não o evangelho do reino desta terra, para essa terra, do seu reino para você mesmo.
E o povo, por falta de líderes que preguem o que o povo PRECISA ouvir e não o que o povo quer ouvir, está adorando outros bezerros de ouro... E o maior bezerro de ouro dos nossos dias é a benção! É a vitória, é a conquista, a prosperidade, a sáude. É "o meu bem-estar", "o meu conforto", a "minha necessidade", é "o meu reino", é "a minha vida".

Porque é muito óbvio que Deus está muito mais preocupado com o meu ego, que Deus está mais preocupado em colocar dinheiro nas minhas mãos para eu comprar coisas caras e tolas, do que está preocupado em colocar recursos sob os meus cuidados, para eu possa de alguma maneira aliviar a dor do aflitos. Porque Deus é tão bom pra mim que Ele prefere que eu compre pra mim, o meu centésimo par de sapatos, do que eu compre umas marmitas para dar de comer as crianças de rua. Porque o importante é eu encher o meu celeiro até onde der! O importante é "o meu reino", "a minha vontade". Eu trabalhei, eu suei. Não foi Deus que me abençoou não, foi eu que ganhei, é justo! (...)

Mas não existe a campanha do "negue-se a si mesmo". Você não está de olho no reino de Deus, mas no reino dos homens. Jesus chamando os díscipulos disse: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome  a sua cruz e siga-me!" SE QUISER, se quiser... Portanto "Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por minha causa achá-la-á. Que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" (Mateus 16.25-26). Quem viver de olho nos tesouros desse mundo, receberá somente aquilo que esse mundo é capaz de dar... Mas quem viver nos olhos fixos no tesouro eterno, esse haverá de receber aquilo que a eternidade tem para dar."

Trecho da pregação - ''Pra que outros possam viver'' -  Pr. Juliano Son (Livres para Adorar)

VALE MUITO a pena conferir a íntegra! Segue o vídeo:



ONDE ESTÁ A IGREJA?! ONDE ESTÁ A VOZ PROFÉTICA?

SABE POR QUE VOCÊ SE RECUSA A NEGAR-SE A SI MESMO E ENTREGAR O CONTROLE DA SUA VIDA A DEUS? PORQUE VOCÊ ESTA PENSANDO DEMAIS NESSA VIDA...

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Aos 20.



Desse caminho de níveis elevados a cada um vencido, dos obstáculos de correr contra o tempo, fica na paisagem o verde indo pra trás, com tanta coisa caindo por terra: tá tudo quase, quase, quase maduro. Demora pra aceitar, mas o ruim pinta na vida, como um alerta para o quanto não cabemos mais dentro dessa versão praticamente ultrapassada nossa que merece reajustes.

É  o tempo que passa... Sinônimo da palavra amigos torna-se "poucos e bons" no dicionário próprio. Desperdiçar confiança por aí com quem não merece nem ao menos um pingo, se torna lei. Afinal, os monstros estão a solta, e muitas vezes possuem pele, osso, nome, sobrenome e uma maldade assustadora. Debaixo da cama, apenas algum sapato esquecido e só. Até o abajur a gente aposenta. Passa a não trocar a tranquilidade de um jantar ou cinema, pelas antes recorrentes necessárias festas, agitações ou qualquer outro tipo de programações mais... barulhentas
.

Decidir e ter planos de viver sob um teto todo seu (pequeno),  mas onde possa pintar uma parede de carmim, outra de lilás, fazer o que bem entender e levar quem quiser. Tem a ver também com começar a escolher a própria comida e se, a oferecida não satisfizer, estar disposta a pagar por isso. Mesmo sabendo que nunca trocaria a comidinha da mamãe por nada.
Aliás, dinheiro é um tema que muda bastante na nossa cabecinha antes, tão oca. Contas e mais contas com nosso nome sobrenome começam a brotar no correio. Cartões de magazines e crédito, internet, celular. Dói ver o dinheiro indo praticamente pelo cano. É terrível ficar em filas todo santo começo de mês. A vida de gente grande nos suga todo dinheiro, pede orçamento e nos faz atentos ao que comprar ou não, qual a melhor data, e, às vezes, pesquisar preços. Pra quem antes achava fácil ir lá e querer sapato novo, exigir maquiagem da melhor qualidade, uma roupa nova por semana, a mudança é grande. Gritante.

Os horários passam a ficar apertados. O trabalho vira algo que, além de nos sustentar, nos faz aprendizes - e é, então, essencial! Conciliar família, faculdade, namorado, estágio, exercícios físicos, igreja, loucuras próprias, projetos paralelos e cuidados de beleza é o grande desafio! Economizar, cada vez mais, é preciso. Amadurecer é ver menininha chorando por cada bobagem fútil e, por dentro, rir. Enquantode, também observa que os pequenos querem ser grande, cada vez mais precoces.
Ter pena do vazio de uma vida onde se acha que sabe de tudo, mas que, logo mais se verá que nem mesmo o máximo que se pensava saber, não passa de um mínimo para sobreviver sozinha. É ir ao médico sozinha, se virar pela cidade também na própria companhia, catando enlouquecida ruas e bairros, avenidas e locais pedindo informação.

A gente se torna também um pouco mais zen e deixa a amiga serenidade não só bater na porta, mas também entrar e fazer morada.  Sentir o amor, cada vez mais próprio, na fala mansa que é cada vez mais eloquente e menos burra, para ser então pensante: ao invés de surtar e causar briga desnecessária.
A ordem dos fatores muda, o resultado é melhor ainda: a luz no fim do túnel, cada vez mais próxima, os sonhos cada vez mais perto de se tornar reais, tão claro na gente aquilo que é bom e importa: crescer dói, mas devem ter esquecido de contar as vantagens de uma vida mais libertária e independente a Peter Pan, só pode ser.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

SILÊNCIO! A inveja tem sono leve





Não há nada de errado em ser feliz, ter amizades saudáveis, uma história de amor para contar, cabelos e unhas bonitas e, alguns por menores em detalhes. Expor isso é que incomoda, incomoda muito mais!
Tem que ficar quietinha, conter o sorriso, frear as palavras, engavetar os detalhes todos daquilo que nos compõe livres, leves e soltas! Porque, lá no fundo, a gente sabe - só não se segura e comenta com pessoas linguarudas de vez em quando pra desafiar o perigo, tirar dos ombros o peso de um segredo que nos faz feliz, desses que aumentam os decibéis da inveja de quem escuta e nos vê pairando ruas a dentro -, que o bom da vida não é para ser compartilhado aos quantro ventos (mesmo que virtuais), pois nem todos estão prontos para sorrir com você.

Ser feliz incomoda pela abstrata diferença entre quem considera todos os dias uma merda e, quem nem liga tanto quando por mais difícil que as coisas sejam, encontra-se um jeito para extrair delas o melhor que se pode. Ache um amor pra vida e seja objeto do resto de mal amados e cotovelos doloridos. Trabalhe naquilo que ame, com afinco, sucesso, dinheiro e tempo livre: terão os odiosos prazer em detestar alguém assim, contente naquilo que para o resto de todos é pura parte responsável de vida. Ter um corpo bacana, viajar sempre que quiser, puder e sem parar, adquirir o carro do momento ou simplesmente, ter talento e um pouco de sorte para conseguir sobreviver a um bufê de olhos gordos, línguas grandes e afiadas e cabeças quentes de olhos furados pelo seu espírito de paz. Tão fácil compreender o modo alegria que, a maioria se nega.

Receita não existe, conselho é tudo furada. Portanto: sejamos insuportáveis, de tão felizes! Claro que nem tudo está sempre uma maravilha. A gente às vezes pega ônibus errado, taxista oportunista, esquece pertences e dá um azar quando menos poderíamos. Ou ficamos doentes e temos a visão do mundo em slow motion, perdemos dinheiro, somos vítimas de uma chuva daquelas desprevenidos. Porém, não importa! Lembra daquele sorriso bom trocado no carro? Das frases curtas de amor antes de dormir? Do abração tamanho GG daquela amiga? Do elogio daquele professor difícil e carrasco? Incrível mesmo como a sorte passa pela gente e, distraídos num muro de lamentações sem saída, toca de leve e ninguém sente.

O fato é que gente naja vai estar sempre a solta e à espera de um tropeço, da baixa imunidade da sua auto-estima, do dedinho preso na porta do carro e o uivo de dor com a codificação da sua voz. Elixir, remédio, prevenção: sorria, meu bem! Sempre que possível.
Não é falso sempre, porque por mais que decline um dos lados da vida, há outro em primeiríssimo em cima de um pedestal do bom dessa vida. Basta que não deixemos de olhar pra fita no dedo, pro balanço final momentâneo da existência, mensagem bonita salva no celular, visita inesperada num final de tarde com sol se pondo... E olhar pra cima, encontrar motivos coerentes para agradecer. As najas que saiam feridas com o próprio veneno, quem veio pra esse mundo que faça o favor a si mesmo de ser feliz e mais reservado também, pois se você bem souber o quanto existe um limite para certos tipos de exposição em redes sociais e até vida real mesmo, saberá manter a privacidade de todos os bons momentos e, assim, perder menos tempo lamentando a inveja alheia.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Performances





No pacote recém aberto de quando nasci, podia se ver cada vez com maior clareza, o passar dos anos, o aviso grandioso de: cuidado, frágil. Na natureza que moldou minhas intempestivas reações e, tantas outras detalhadamente pensadas, era anunciada que o jeito de ser seria este e não havia chance de voltar atrás: com condimentos.
Fora da neutralidade, com tanta pimenta que chega a doer o olhar alheio. Abundância em sal, que é pra ter gosto e dar sabor a quem prova. As vezes doses a mais de açúcar. Satisfação a quem oportunidade de contato tem - mesmo que depois, litros e litros de água sejam então sorvidos. Aquela coisa talvez banalizada, mas aqui realmente seguida à risca: ame ou deixe! Se ficar, que seja para fazer parte do banquete de sensações ainda improváveis. Se for, corro até o risco de sentir falta, mas me adaptarei e, dependendo do grau de afinidade, um dia não terei mais saudade.

É preciso que tanto minha parte fria, quanto o calor dos meus atos seja sorvido, aos poucos, com toda parcimônia possível. Que se feche as portas, e retire o cardápio das mãos, quando a agressividade bater. E depois de ingerida, compreendida seja. Minutos depois, a mesma facilidade ao riso, e à ironia; o de sempre. Na têmpera em que fui criada, o experimento entre misturar intensidade com volubilidade deu na bomba que é ter personalidade demais, para o não muito de vivência que até aqui desempenhei. Para toda essa gente que finge ser uma coisa, e na verdade é o oposto. Pra quem come pelas beiradas, e acaba se alimentando de restos mal cozidos. Intempestiva, incluo em segredo, em alguma linguagem que apenas quem sente com todo o caráter pega a senha e tem acesso.

Caso o sol saia, irradio na sala vibrante, querendo que se contagiem todos com a beleza do dia todo ainda pela frente. Se chover, vou comemorar o vento frio, o dia nublado e a preguiça que esses dias proporcionam. Se hoje te abraço, é preciso que você me dê colo até que saia forte e cordial, dos mimos que preciso. Sem tal toque, me recolho e apenas me abro a quem não promete, e sim cumpre, age!
Irritadiça, resolvo num lampejo e com urgência as pendências que se apresentam. Relaxo, e sorrio, anestesiada. Colérica, quero o mundo, e quero já. Com algum sapato ou chocolate, quem sabe vestido ou maquiagem, sossego. Tudo porque o impulso é meu trampolim, e não canso de mergulhar ao fundo do que se misteria cada vez mais, e não encontro nunca as tais respostas corretas.

No adubo onde floresci, havia ainda um primeiro adendo, que esqueceram de inserir em meu manual de instruções - já perdido por aí, à esta altura do campeonato - e que em letras garrafais, proferia: cuidado! Especialmente no meio de cada mês, quando contrariada, ou acordada com o telefone tocando sem parar. O aviso é possível, mas ainda desconheço quem ao ver a flor quieta, calma e em seu lugar não aventurou o dedo e terminou a visita com sangue jorrando. Perigo de quem se aventura, recompensa de quem perdura. Quem êxito tem, não vive sem!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Qual é o seu formato?

O meu é QUADRADO!


Tudo bem que seja dificil escolher pela contramão em um mundo que tem sido mais fácil concordar, omitir e se render. Mas ao fazer essa escolha, não demora para descobrirmos o quão prazeroso é a consciência de que você é diferente! Aprendi a conviver com a falta de medo; seja das críticas, dos “prés”conceitos, das inúmeras multas por andar na contramão.

 

con.tra.mão: subst. feminino

       1.     sentido oposto ao que se deve trafegar num caminho.
    2.    posição contrária ao convencional
    3.    fora de mão; em local de difícil acesso.

Prefiro ser quadrada a me render e seguir na mesma mão da multidão. Obstáculos? Muitos. Mas é como andar de bicicleta, você leva alguns tombos no inicio, mas depois, nunca mais esquece! ;)
O quadrado é uma forma construída, um elemento formado de linhas perfeitamente retas e com os quatro lados e ângulos idênticos. Por suas características construtivas o quadrado é uma forma que representa rigidez, firmeza, organização. Traduz-se como o domínio da racionalidade, da precisão, do que é matematicamente perfeito. Agrega ainda significados como solidez, sobriedade, repouso. Já que ao contrário do círculo, não possui tanta facilidade em deslocar-se, mudar de lugar. Lembra do Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci? Então, se observarmos o homem em posição de cruz inscrito dentro do quadrado, veremos que ele parece estar imóvel e fixo no chão. Mas quando inscrito dentro do círculo, ele parece estar "flutuando" fora do chão e, sua posição em X nos dá a impressão de movimento. Dessa forma, o quadrado implica em estabilidade e o círculo em movimento.
E a logotipo do Itaú? Um quadrado dentro do outro. Ideia de solidez, estabilidade. Algo construído para oferecer segurança e confiabilidade! E cito só uma, entre tantos, que usam o quadrado para expressar a mesma coisa.

Deixando claro: nenhuma objeção a flexibilidade, a infinitude, à ideia de totalidade, movimento e inovação do círculo. Mas traduzindo o sentido figurado para uma aplicação real, nesse mundo abissal não dá para querer ser flexível e completamente adepto ao novo. Mesmo porque, por vezes o novo é contrário a nossas convicções e, sinceramente, cada vez mais contrário. Quatro lados perfeitamente unidos formando um objeto resistente, o quadrado permanece. Como já disse, não é facilmente movido. Adoro ser elogiada, tachada de "quadrada"!

No entanto, o que é redodo rola fácil, sofre facilmente influência de qualquer agente externo, até do vento. Agora pare pense, já viu alguma mudança transportada em caixas redondas? No sentido literal da vida, precisamos ser quadrados. ◘






 




Sou e admito, vou ensinar os meus filhos a serem quadrados também!



 “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” ( Rm 12:2 )


quinta-feira, 5 de julho de 2012

DICAS para a minha menor

Muito quis me fazer presente e acompanhar o seu desenvolvimento, minha menor. Atuei quase como uma segunda mãe em momentos que se fizeram necessários; tirando maturidade de onde nem sabia possível existir, inventando maneiras de que, do jeito que fosse, alguma referência minha você tivesse. Pois então, eu agora vivo longe. Na mesma cidade, na mesma casa, dividindo o mesmo quarto, porém, rumando outros horizontes, passando o dia fora de casa. Longe talvez de espírito. As vezes que vejo você a noite não é a mesma coisa. Sei que muita coisa se perde quando a gente se afasta, mas não deveria ser assim, quando o que nos enlaça em outrem é o sangue e as memórias infantis.

Então, preparei algo para você... Coma toda a comida que a mãe faz. Ela sente orgulho de ser boa em culinária e cozinhar aqueles suculentos pratos que não conseguem me deixar magra de jeito nenhum. Repita, lambuze o prato, peça mais! (é extremamente prazeroso almoçar em casa e eu só fui perceber isso depois que comecei almoçar fora todos os dias). Não reclame nunca! Até porque como muito já disse a você, tem criancinhas que infelizmente passam fome nas ruas e para sobreviver, vendem balas de goma em ônibus ao dia, ao invés de estarem estudando. Estudos, sim! Outra dica que dou: aproveite! Reclamamos sempre e tanto do colégio: que as matérias são insuportáveis, que os professores são velhos e não sabem viver a vida com felicidade, que as provas são um saco. Mas espere só até entrar na faculdade, e mais que provas, você tenha que correr praticamente uma maratona por dia para cumprir horários, obrigações, e ainda assim, continuar estudando. Mente que para, é mente que não evolui!

Aliás, leia bastante! A casa é cheia de livros, muitos até meus. Devore feito traça o que aparecer na frente e que possa deixar você bem informada. Lá adiante, acompanhar as mudanças temporais que o mundo e a sociedade vem desempenhando pode ser um diferencial para você. Quando os pais quiserem sair, ou quando você tiver oportunidade de alguma atividade ao ar livre, vá! Nem titubeie, não discorde. Hoje, passando os dias que posso descansar, tento aproveitar ao máximo cada lapso solar que enfeita os finais de semana. Faz bem, dá vitamina D e deixa com que você, ainda tão novinha e, com tanto mundo para descobrir, gaste um pouco da energia motivadora que faz com que, ocasionalmente, bagunce a casa de tão absortos no seu paralelo imaginário.

Assista menos televisão, use pouco o computador, namore menos o iphone. Compre uma bicicleta e ande bastante! Sei que você gosta, mas nem tem uma. Apague sempre as luzes, dê descarga, seque as louças, arrume sua cama sempre e sem tentar subornar a mãe. Tente não me odiar muito, nem me achar a chata, porque mesmo de longe, penso em você pelo menos umas quatro vezes a cada dia. Aproveite para ter pais que já sabem agora como é criar um filho, com a experiência de quem me criou, mas titubeou ao deixar ir pro mundo. Firme-se em Deus.

Abrace e beije a vida aos 15, sinta como é ter poucas responsabilidades e infinitas oportunidades de ser alguém (de respeito) na vida. Essa fase apesar de boa é fugaz, efêmera e uma em que as nossas escolhas decidem o que seremos nos próximos anos. Seja educada! Tente falar um pouco mais baixo. Sua voz é linda, mas, muito grave, então, às vezes vai lá dentro dos tímpanos mesmo (rs). Ah! Comece a pensar na cor e no modelo do vestido que usará daqui há 4 meses. Minha menor precisa está linda, para o grande dia. Em falar nisso, é depois disso que você ganhará um quarto só seu e, também é nesse tempo, que valerão ainda mais todas essas dicas. O tempo passa rápido, só o que não pode passar é a nossa vontade de passar e evoluir com o tempo.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Vista a carapuça. Se sevir, é claro!

Prezados tarados,

Ocupados demais em êxtase, choque, ou admiração, vocês deixam de notar o quão ridículo é a posição nojenta, escrota e pedante em agir como quem nunca viu mulher na vida. Vou tomar a liberdade de falar por mim e pelas mulheres, de verdade. Detestamos os sussurros largados numa passada que quase nos atravessa no meio da rua, nojerizamos as palavras de baixíssimo calão que escolhem para usar como "elogio", os assobios agoniantes que por vezes assustam e, em outras nos geram no âmago um desprezo abissal pela existência de homens desse tipo vulgar que existem no mundo.

Da nossa possível beleza, bem sabemos: espelhos e superfícies refletoras nos mostram se a pele está boa, o cabelo de bem com o dia e a roupa nos caiu bem. Há dias em que a autoestima baixa mais que ação da bolsa de valores, óbvio. Porém, o olhar medíocre de quem vê apenas corpo em quem também tem alma, inteligência e valores, por mais feia que se sinta, não melhora a autoimagem própria que fazemos umas das outras. Nos sentimos ainda mais gordas, se inchadas e na TPM. Feias, se com aquele sapato que acabou combinando com a bolsa por mero descuido na hora de sair. Damas fáceis pra uma sociedade machista onde nem revidar ou repreender com os olhos podemos, tamanha a violência e agressividade que a cultura implantou nas mentes masculinas. Ou seja: não sentimos prazer algum, se por acaso temos que passar na frente de uma obra e todos os serventes, pedreiros e até mesmo engenheiros, param para olhar. (Tenho o azar de passar por uma todos os dias).

É instinto do homem, dizem alguns. Não há como evitar, e mulher bonita está aí para ser mostrada. Até compreendo. Gostamos de nos sentir sensuais, por mais que admitir seja difícil. Contudo, para os seletos em nossa lista.  Encontramos então, e o resto dos caras do Universo passa a ser nojento por si só (salvo familiares e amigos, que claro, não tentam sensualizar conosco quando sozinhas, indefesas, em ruas vazias e afins). Parem e notem que não são bem aceitos!

De cada uma dessas situações, saio quase sempre com raiva e, não obstante sempre dou uma resposta curta e grossa. Mas nunca deusas ou maravilhosas como talvez pensem vocês, tarados. Pois então, prezados tarados, se resguardem. Não nos atinjam, segurem para si suas olhadelas safadas, seus ímpetos sexuais, suas frases repelentes. De nada servem, e ao invés de aplaudir, quase sempre ofendem. Vale lembrar: hoje é a moça com corpão que passou por você, e lógico, nem olhou e se sentiu apenas um pedaço de carne. Amanhã, pode ser sua filha. Ontem, pode ter sido sua mãe. Respeito, nesses casos, se não vem de berço, acaba chegando pela percepção do apreço de que pode ou poderia se passar por quem prezamos. Para desafogar a tensão do dia, que procurem imagens, vídeos ou profissionais do ramo; nós, mulheres de carne e ossos, precisamos é de flores, chocolates e cafuné na cabeça, isso sim. O tiro sai pela culatra de quem mira apenas o culote.

terça-feira, 26 de junho de 2012

O presente do dia 26...



... Ele!

Há exatamente 2 anos e 8 meses. No dia 26 de outubro de 2009.
Acho ele tão lindo, que faz com que o significado da palavra tenha inveja de tamanha beleza que não cabe em apenas três sílabas. Para mim, o mais lindo que existe...
E ser belo não basta: insiste em ser o melhor de todos! Todo dia quando acordo, ainda longe dele e, me arrumo, tomo café e me vou pra vida, tenho a certeza da sorte gigante de termos um ao outro, se divertir na maioria das vezes, ser além de namorados, amigos, confidentes, uma bela dupla de dois e, mais um desses tantos casais que tenta deixar na tangente a rotina, os problemas, os maus entendidos e essas chatices que tentam sempre destruir aquilo que tem dado tão certo e quase sempre ganha nota máxima: esse amor enorme, incongruente, cúmplice e que a cada dia ganha mais uns pontinhos, centímetros, estrelinhas e um tantão de mim.


Mesmo tão e tão diferentes, é inegável o quão enriquecedora se tornou a minha vida desde que eu decidi dizer sim ao propósito de Deus! Depois da sua espera de 1 anos e 6 meses, o dia 26/10, uma conversa, algumas lágrimas de gratidão e um chip da Tim, para então conversarmos madrugadas a fio em um início de turbilhões de sentimentos.
Como não amar por completo, sabendo que o outro veio também a este mundo com defeitos que a gente aprende também a admirar, e qualidades que nos ganham cada vez mais? Reais e de carne e osso, escolhemos nesse mundo alguém pra chamar de "amor da vida": tendo suas limitações e vitórias, sonhos e metas, planos e manias. Nos pegamos amando desde o olhar pensativo do outro, até comemorando as mais simples conquistas do dia-a-dia.

Não se sabe ao certo se eu o escolhi, ou, se ele me escolheu!
Dissemos e diremos sempre sim! Pode ser hoje ou daqui dez anos, eu sei que o grande amor dessa minha simplíssima existência já tem nome. E é, e continuará sendo, ele. Mesmo que o "para sempre" me assuste, a gente parece saber quando algumas eternidades enraizam na gente.

Tenho um dia-a-dia tão corrido, mas não me privo de pensar nele, enquanto ele desempenha centenas de funções também num só dia e, vence clientes e chatices burocráticas, adora ser útil e é um líder nato. Ainda assim arruma um tempinho que seja pra daquele jeito maestro de me orquestrar com pequenas pílulas em formato de elogio.


Tem a paciência maior de todas com essa minha energia que não cansa, impulsividade que não desaparece e, a brabeza de vez em quando.
Mal engatinho nessas coisas de amor, acabo por me sentir um tanto chata sendo essa aluna primária que  se autocritica para que aprenda tudo com o mínimo de erros possíveis, e pra já (porque não quero estragar nada, embora saiba que o percurso até que nos estabilizemos um aos gostos e vontades e manhas do outro, é longo; vezenquando, difícil, até que se saiba direitinho como lidar da melhor forma pensando por dois).
Gostaria de desbravar o redemoinho do canto dos seus cabelos que é pra tentar saber no que tanto ele pensa enquanto olha pro teto sem dizer nada.

O mundo paralisado enquanto somente nós dois existimos dentro de um beijo. O cheiro inconfundível de um perfemue que perdura, o sorriso de canto de boca, nossos olhinhos, se contemplando mesmo quando não está claro. Ele ali, apenas sendo. Eu que, um dia cheguei a me questionar se apareceria mesmo aquele alguém que eu pudesse chamar - da forma que fosse - de meu, hoje, não questiono mais nada por acreditar tanto. É o meu.  Mesmo sem cavalo branco, ou nome de príncipe, tem a cor exata e o tamanho e quantidade dos sorrisos que meus dias tanto precisavam. Tranquila, penso baixinho em mais um "Sim", daqui há quatro meses, enquanto ele se ocupa em viver como pessoa normal que ele pensa que é.
Bem que poderia ''virar cinema e a gente passar em Hollywood''. Porque até faria o roteiro, para quem quisesse reproduzir uma história única e detalhadamente escrita. Por ter alguém tão maduro, adorável e irresistível ao meu lado. E ser recíproco, mesmo que cada um da sua maneira (a minha, exagerada, porque afirmo e não nego meu lado romântica e apaixonada; a sua racional masculina, mas tão surpreendente e discreta, quando também forte e que eu tanto gosto). Feliz dia de nós dois. Eu te amo, lindo.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Essa tal intuição



"Somente o cérebro pode integrar razão e emoção em um mesmo plano e em doses apropriadas para a intuição. A razão sozinha fecha as portas para o que ainda não aconteceu; a emoção é como rádio sem bateria, nada se escuta. Por isso, a intuição precisa de ambos". Martin Portner

     As mulheres sabem bem do que se trata. Dentre todos os artefatos, todas as manhas, todas as táticas femininas, nada supera a eficácia e eficiência que a intuição feminina alerta internamente. Tá tudo bem, o mundo anda maravilhoso, até que bip bip e nem tudo continua cor-de-rosa como embelezado estava.

Há os dias em que floreia por trás desse plano cartesiano, real e imediato da vida que algo bom está a caminho; todos os sinais em verde e vida aberta, felicidade fácil, alguma notícia boa ainda não extraviada. Outros dias e situações que você já sabe: Não dará certo!

Como explicar? Escuto tanto essas minhas sensações anormais que desviam do curso premeditado e normal em que todos se encaminham. Requer coragem, confiar tanto numa percepção futura de avisos e sinais que nos sopram verdades absolutas nos ouvidos, mas ficamos sem provas para contestar, no presente. Às vezes, essa nossa amiga se torna a melhor possível: e tira de frias, e coloca em boas, sonhadas e então, saciáveis situações. Um momento de silêncio, uma conexão com o indefinível, instantes de meditação capazes de desviar do perigo, mirar na satisfação e certeiro, fazer nascer um sorriso.

Diante das milhares de possibilidades e escolhas, opções e opiniões, escolher a si mesmo e à própria bagagem, para que, mesmo que o erro seja resultado de uma primeira reação, na fidelidade do próprio ego acertar pode ser a consequência final. Em frente ao que é tranquilo, mas banal; na escolha de apostar num cheiro, num gesto, numa indefinição que nos foge de explicar, mas que, em qualquer momento da vida, sentir basta.

Da visão mais ampla e límpida, mesmo que emabaraçada e errônea até que não se explique o tal feeling responsável por conturbar a vida, remexer os sentidos, embaralhar os acontecimentos de um dia, a sorte de contar com essa opinião sem cara, raça, feição ou voz ativa (uma opção). Ecoa no fundo da gente, paraliza ainda mais nós mulheres quando funde-se a razão com a emoção para que se aponte algo que até então não havíamos notado. E muda um mundo, apenas movendo-se do lugar. E gira a roda azul com mais velocidade e maior intensidade, uma peça colocada ou sem. Farejamos tanto, que intuimos.

Graças a nós mesmo, deixamos de ir a uma festa que estava horrível, de comprar aquele sapato que sua amiga desembolsou e quebrou o salto, ou de não ligar justo quando ele estava sem telefone celular. Captamos o invisível, detalhamos o esboço inanimado de cada momento que passa e merece atenção, pois quando vê já foi e mudar só na próxima parada. Além de sermos as escolhas que fazemos, boa parte do que somos se resume na interligação de cada intuição que ousamos ter. E o que vivemos também! A mágica de acertar é, com certeza, a melhor recompensa.




Sobre o assunto, saiba mais:
O neurologista Martin Portner explica a origem dessa voz. "Temos cinco sentidos tradicionais (visão, audição, paladar, olfato e tato), a intuição seria uma sexta maneira de sentir algo. Na verdade, é a integração de todos os cinco - os estados internos do organismo e a mente racional - todos voltados para nos dar uma informação preciosa"."A ligação entre os dois hemisférios do cérebro é feita por uma ponte chamada de corpo caloso. Cientistas de vários países já verificaram que nas mulheres, o tráfego de impulsos nervosos por esse canal é maior", explica Martin. A intuição faz com que os dois lados do cérebro o racional (esquerdo) e o emocional(direito) cruzem as informações. Normalmente, nós mulheres somo mais afetivas e, por isso, possuímos uma intuição mais aguçada do que os homens, que normalmente são mais racionais.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Priorize suas convicções


Começo de blog pessoal deve ser sempre igual... Um post de abertura, outro de início, alguns dias configurando a página sem postar e pronto! Um post sobre você para apertar o "valendo!"


Tenho fome de notícias e essa ânsia em saber tudo de comportamentos, dar conselhos e estar tão aberta à analisar pessoas. Por esse ponto, penso que além de jornalismo, poderia fazer  Psicologia. E a escolha mais difícil, que talvez eu não me enquadre, e que cairia quase que de para-quedas na universidade, o Direito. 
Desde pequena, eu prefiro mil vezes comandar, do que receber ordem alguma. Liderança nata, assim diziam.  Tive até minha fase rebelde, acho que pelos 14, onde eu acho que só minha mãe, munida de compreensão e conversas longas, conseguia me fazer mudar de idéia. Gostei sempre de pensar por mim, fazer diferente. Com o cérebro que, graças a Deus, funciona à mil. E as defesas. Nas aulas, sempre defendi os injustiçados expulsos, e que eram antes de colegas, meus amigos. Fazia parte dessa turminha, e quando não era eu a banida, exilada, argumentava até cansar a professores e educadores. Cheguei a ser exemplo de aluna; menos nos últimos anos, quando o despertador quase sempre me deixava na mão e os atrasos eram inevitáveis. Além de fazer parte de uma turma de alunos que há 7 anos estudavam juntos, dai tira-se o nível de afinidade e "exemplo" de comportamento em classe. Nos debates em aulas de história, ou programas de empreendedorismo, me destacava. Sem dúvida alguma! Respostas na ponta da língua, tenho. Atitude enérgica, forte e de posição, sempre. Nunca fiquei em cima de muro nenhum. Ou me atirava no fracasso, ou caía nos louros de qualquer ação bem-sucedida, escolhas intuitivamente certas, ou posições cheias de princípios e ideais. E pela minha personalidade forte, pelo pensamento duplo-ativo, essa mania de tomar à frente de tudo, tomar decisões pelos outros, todos sempre falavam: tu é a cara do Direito. Cara? Que cara? Posso ser complicada, mas não me sinto como uma pessoa cansativa, extensa talvez como os livros e aprendizados que a graduação pede. Ainda bem que entendi isso antes de entrar na faculdade...
Faltando um ano para me formar, entendo que a loucura só é possível na felicidade!
Às vezes, o que nos parece insano, é completamente compreensível aos olhos do outro.
Muitos incompreendidos são fadados à solidão. Essa má sorte eu não tive, graças a Deus!
Gosto dessas  procura de amores impossíveis, paixões inalcansáveis e que geralmente estão do outro lado do lago, ou do mar Mediterrâneo mesmo. Dessas que só se consegue com esforço! Por isso me encontrei nesse universo de letras e palavras, organizadas em frases e muitas ideias!
Mas me exercem um deslumbre sem igual, essas loucuras, tais pirações sem controle, que somente vistas de perto possam ser entendidas por completo. Gosto dessa excitação que indivíduos imprimem às vivências, e convivências, colorindo e desmistificando o que é diário, cotidiano; dando essa impressão de medo e coragem, ambiguamente, pintando pontos de interrogação nas questões mais quietinhas, ocultas.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Quanto ao "Valentine's day"

Namoro não vem com assistência técnica, nem manual, nem símbolos padronizados, nem com signos e tampouco existe semiótica que decifre os signos “namorosos”.
Namoro e paciência é virtude de poucos, ou como diz Chico Buarque alertando que nada é para já, que não precisa de afobação, afinal, um bom namorado sabe que esperar é a coisa que mais irá fazer.
Como o dia das mães, dos pais, das crianças, etc, etc, dia dos namorados é só mais um dia no calendário do consumismo!
Romance, amor, presente, declarações, jantar a luz de velas... O namoro de quem ama é isso sempre! Sem marcar data, sem obrigações de presentiar, de sair, de comemorar.
É claro, que podemos ver esses dias como uma oportunidade de homenagear, o perigo é quando nos reportamos somente a eles para conjugar o verbo demonstrar.
Antes eu era muito ligada a questão de "datas comemorativas". No entanto, fui percebendo o valor de viver comemorando, valorizando e me importando com as pessoas ao meu redor. Todo dia é di de honrar pai e mãe, de dar atenção à criança, de se declarar para o namorado... Acho que a cultura de se prender a essas datas para então valorizar de fato uma pessoa querida, é um erro! E digo isso por observar o comportamento de uma maioria, que precisam de datas para amar.
Sim, hoje eu recebi flores! Aliás, foi ainda melhor, foram rosas! As minhas preferidas... Mas essa é a nossa vivência rotineira. Ele sabe exatamente como me fazer sentir amada e valorizada e, o que importa pra mim é que isso não acontece apenas em datas específicas.
Por vezes nem sabemos a história de como essas datas se tornaram comemorativas, mesmo assim a incluimos em nosso calendário. O dia dos namorados, por exemplo, comemora-se no dia 12 de junho por ser véspera do dia 13 de junho, que é o dia de Santo Antônio, conhecido como santo casamenteiro. Possui também a influência da comemoração que é feita nos Estados Unidos e em outros países, conhecida como Valentine’s Day ou o dia de São Valentino. Um padre que, na Roma Antiga, começou a realizar casamentos às escondidas. Por causa disso foi condenado a morte, por se voltar contra as ordens do Imperador casando as pessoas.
Muito antes de Valentine o 14 de fevereiro, em Roma, já era uma época de festa relativa a encontros entre homens e mulheres. Não se sabe então se o dia dos namorados é de fato uma homenagem ao santo ou uma coincidência com a data das festas profanas da Roma Antiga. O que se sabe é que Valentino se tornou o santo e protetor, padroeiro dos namorados.
Então...
Não sei se você acredita na Bíblia, lá está escrito a claras, sobre a idolatria e a veneração à santos. Querendo ou não, o dia dos namorados é uma data romântica, pois as pessoas a tornam romântica, pelo o que já citei antes, mas nada me agrada o seu histórico cultural.
Sim! Ele também recebeu um presente. Mas foi ontem, e cá pra nós, foi pura coincidência à data, já estava querendo presentiá-lo há quase uma mês. Ontem que deu... $$!
Enfim, não sei você, mas hoje já ouvi muitas frases do tipo "hoje é dia dos namorados, por isso vamos sair", "ganhei presente hoje, porque é dia dos namorados", e outras inúmeras. Bonito mesmo é ver o romantismo diário.. Fora as pessoas que ficam tristes, ou por não terem tido tempo ou condição para comprar presente, ou por estarem sozinhas/sem namorado(a) nesse dia! Se você é uma delas, relaxa!
Amanhã é outro dia... E o ano reserva "n" oportunidades!

sábado, 9 de junho de 2012

O convite

Finalmente!

Talvez seja essa a palavra usando pela maioria dos primeiros posts em blog.
Criei coragem e, depois criei o blog. Um espaço que pretendo fazer e atualizar para expor textos que possibilitem uma infinidade de pensamentos, questionamentos e, sobretudo, o meu olhar sobre diversos assuntos. Não existe um tema específico sobre que eu pretenda falar, será um misto de tudo, seguindo a proposta do nome do blog, "contramão".


"São palavras que, de modo canhestro, aspiram a enveredar pelo avesso das coisas, admitindo-se que elas tenham um avesso, nem sempre perceptível mas às vezes, curioso ou surpreendente", como diz o "Avesso das Coisas" de Drummond.
Me deu vontade de escrever as mínimas, alguma coisa que, traduzisse um tipo de experiência vivida, que não chega a ser sabedoria mas que, de qualquer modo, é resultado de viver! Sendo assim, a quem possa interessar está feito o convite, para sem compromisso, compartilhar de convicções muitas vezes avessas, ao que ditado no mundo e pelo mundo.
Topa?!