"E de repente a vida te vira do avesso, e você descobre que o avesso, é o seu lado certo." (Caio Fernando Abreu)

terça-feira, 26 de junho de 2012

O presente do dia 26...



... Ele!

Há exatamente 2 anos e 8 meses. No dia 26 de outubro de 2009.
Acho ele tão lindo, que faz com que o significado da palavra tenha inveja de tamanha beleza que não cabe em apenas três sílabas. Para mim, o mais lindo que existe...
E ser belo não basta: insiste em ser o melhor de todos! Todo dia quando acordo, ainda longe dele e, me arrumo, tomo café e me vou pra vida, tenho a certeza da sorte gigante de termos um ao outro, se divertir na maioria das vezes, ser além de namorados, amigos, confidentes, uma bela dupla de dois e, mais um desses tantos casais que tenta deixar na tangente a rotina, os problemas, os maus entendidos e essas chatices que tentam sempre destruir aquilo que tem dado tão certo e quase sempre ganha nota máxima: esse amor enorme, incongruente, cúmplice e que a cada dia ganha mais uns pontinhos, centímetros, estrelinhas e um tantão de mim.


Mesmo tão e tão diferentes, é inegável o quão enriquecedora se tornou a minha vida desde que eu decidi dizer sim ao propósito de Deus! Depois da sua espera de 1 anos e 6 meses, o dia 26/10, uma conversa, algumas lágrimas de gratidão e um chip da Tim, para então conversarmos madrugadas a fio em um início de turbilhões de sentimentos.
Como não amar por completo, sabendo que o outro veio também a este mundo com defeitos que a gente aprende também a admirar, e qualidades que nos ganham cada vez mais? Reais e de carne e osso, escolhemos nesse mundo alguém pra chamar de "amor da vida": tendo suas limitações e vitórias, sonhos e metas, planos e manias. Nos pegamos amando desde o olhar pensativo do outro, até comemorando as mais simples conquistas do dia-a-dia.

Não se sabe ao certo se eu o escolhi, ou, se ele me escolheu!
Dissemos e diremos sempre sim! Pode ser hoje ou daqui dez anos, eu sei que o grande amor dessa minha simplíssima existência já tem nome. E é, e continuará sendo, ele. Mesmo que o "para sempre" me assuste, a gente parece saber quando algumas eternidades enraizam na gente.

Tenho um dia-a-dia tão corrido, mas não me privo de pensar nele, enquanto ele desempenha centenas de funções também num só dia e, vence clientes e chatices burocráticas, adora ser útil e é um líder nato. Ainda assim arruma um tempinho que seja pra daquele jeito maestro de me orquestrar com pequenas pílulas em formato de elogio.


Tem a paciência maior de todas com essa minha energia que não cansa, impulsividade que não desaparece e, a brabeza de vez em quando.
Mal engatinho nessas coisas de amor, acabo por me sentir um tanto chata sendo essa aluna primária que  se autocritica para que aprenda tudo com o mínimo de erros possíveis, e pra já (porque não quero estragar nada, embora saiba que o percurso até que nos estabilizemos um aos gostos e vontades e manhas do outro, é longo; vezenquando, difícil, até que se saiba direitinho como lidar da melhor forma pensando por dois).
Gostaria de desbravar o redemoinho do canto dos seus cabelos que é pra tentar saber no que tanto ele pensa enquanto olha pro teto sem dizer nada.

O mundo paralisado enquanto somente nós dois existimos dentro de um beijo. O cheiro inconfundível de um perfemue que perdura, o sorriso de canto de boca, nossos olhinhos, se contemplando mesmo quando não está claro. Ele ali, apenas sendo. Eu que, um dia cheguei a me questionar se apareceria mesmo aquele alguém que eu pudesse chamar - da forma que fosse - de meu, hoje, não questiono mais nada por acreditar tanto. É o meu.  Mesmo sem cavalo branco, ou nome de príncipe, tem a cor exata e o tamanho e quantidade dos sorrisos que meus dias tanto precisavam. Tranquila, penso baixinho em mais um "Sim", daqui há quatro meses, enquanto ele se ocupa em viver como pessoa normal que ele pensa que é.
Bem que poderia ''virar cinema e a gente passar em Hollywood''. Porque até faria o roteiro, para quem quisesse reproduzir uma história única e detalhadamente escrita. Por ter alguém tão maduro, adorável e irresistível ao meu lado. E ser recíproco, mesmo que cada um da sua maneira (a minha, exagerada, porque afirmo e não nego meu lado romântica e apaixonada; a sua racional masculina, mas tão surpreendente e discreta, quando também forte e que eu tanto gosto). Feliz dia de nós dois. Eu te amo, lindo.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Essa tal intuição



"Somente o cérebro pode integrar razão e emoção em um mesmo plano e em doses apropriadas para a intuição. A razão sozinha fecha as portas para o que ainda não aconteceu; a emoção é como rádio sem bateria, nada se escuta. Por isso, a intuição precisa de ambos". Martin Portner

     As mulheres sabem bem do que se trata. Dentre todos os artefatos, todas as manhas, todas as táticas femininas, nada supera a eficácia e eficiência que a intuição feminina alerta internamente. Tá tudo bem, o mundo anda maravilhoso, até que bip bip e nem tudo continua cor-de-rosa como embelezado estava.

Há os dias em que floreia por trás desse plano cartesiano, real e imediato da vida que algo bom está a caminho; todos os sinais em verde e vida aberta, felicidade fácil, alguma notícia boa ainda não extraviada. Outros dias e situações que você já sabe: Não dará certo!

Como explicar? Escuto tanto essas minhas sensações anormais que desviam do curso premeditado e normal em que todos se encaminham. Requer coragem, confiar tanto numa percepção futura de avisos e sinais que nos sopram verdades absolutas nos ouvidos, mas ficamos sem provas para contestar, no presente. Às vezes, essa nossa amiga se torna a melhor possível: e tira de frias, e coloca em boas, sonhadas e então, saciáveis situações. Um momento de silêncio, uma conexão com o indefinível, instantes de meditação capazes de desviar do perigo, mirar na satisfação e certeiro, fazer nascer um sorriso.

Diante das milhares de possibilidades e escolhas, opções e opiniões, escolher a si mesmo e à própria bagagem, para que, mesmo que o erro seja resultado de uma primeira reação, na fidelidade do próprio ego acertar pode ser a consequência final. Em frente ao que é tranquilo, mas banal; na escolha de apostar num cheiro, num gesto, numa indefinição que nos foge de explicar, mas que, em qualquer momento da vida, sentir basta.

Da visão mais ampla e límpida, mesmo que emabaraçada e errônea até que não se explique o tal feeling responsável por conturbar a vida, remexer os sentidos, embaralhar os acontecimentos de um dia, a sorte de contar com essa opinião sem cara, raça, feição ou voz ativa (uma opção). Ecoa no fundo da gente, paraliza ainda mais nós mulheres quando funde-se a razão com a emoção para que se aponte algo que até então não havíamos notado. E muda um mundo, apenas movendo-se do lugar. E gira a roda azul com mais velocidade e maior intensidade, uma peça colocada ou sem. Farejamos tanto, que intuimos.

Graças a nós mesmo, deixamos de ir a uma festa que estava horrível, de comprar aquele sapato que sua amiga desembolsou e quebrou o salto, ou de não ligar justo quando ele estava sem telefone celular. Captamos o invisível, detalhamos o esboço inanimado de cada momento que passa e merece atenção, pois quando vê já foi e mudar só na próxima parada. Além de sermos as escolhas que fazemos, boa parte do que somos se resume na interligação de cada intuição que ousamos ter. E o que vivemos também! A mágica de acertar é, com certeza, a melhor recompensa.




Sobre o assunto, saiba mais:
O neurologista Martin Portner explica a origem dessa voz. "Temos cinco sentidos tradicionais (visão, audição, paladar, olfato e tato), a intuição seria uma sexta maneira de sentir algo. Na verdade, é a integração de todos os cinco - os estados internos do organismo e a mente racional - todos voltados para nos dar uma informação preciosa"."A ligação entre os dois hemisférios do cérebro é feita por uma ponte chamada de corpo caloso. Cientistas de vários países já verificaram que nas mulheres, o tráfego de impulsos nervosos por esse canal é maior", explica Martin. A intuição faz com que os dois lados do cérebro o racional (esquerdo) e o emocional(direito) cruzem as informações. Normalmente, nós mulheres somo mais afetivas e, por isso, possuímos uma intuição mais aguçada do que os homens, que normalmente são mais racionais.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Priorize suas convicções


Começo de blog pessoal deve ser sempre igual... Um post de abertura, outro de início, alguns dias configurando a página sem postar e pronto! Um post sobre você para apertar o "valendo!"


Tenho fome de notícias e essa ânsia em saber tudo de comportamentos, dar conselhos e estar tão aberta à analisar pessoas. Por esse ponto, penso que além de jornalismo, poderia fazer  Psicologia. E a escolha mais difícil, que talvez eu não me enquadre, e que cairia quase que de para-quedas na universidade, o Direito. 
Desde pequena, eu prefiro mil vezes comandar, do que receber ordem alguma. Liderança nata, assim diziam.  Tive até minha fase rebelde, acho que pelos 14, onde eu acho que só minha mãe, munida de compreensão e conversas longas, conseguia me fazer mudar de idéia. Gostei sempre de pensar por mim, fazer diferente. Com o cérebro que, graças a Deus, funciona à mil. E as defesas. Nas aulas, sempre defendi os injustiçados expulsos, e que eram antes de colegas, meus amigos. Fazia parte dessa turminha, e quando não era eu a banida, exilada, argumentava até cansar a professores e educadores. Cheguei a ser exemplo de aluna; menos nos últimos anos, quando o despertador quase sempre me deixava na mão e os atrasos eram inevitáveis. Além de fazer parte de uma turma de alunos que há 7 anos estudavam juntos, dai tira-se o nível de afinidade e "exemplo" de comportamento em classe. Nos debates em aulas de história, ou programas de empreendedorismo, me destacava. Sem dúvida alguma! Respostas na ponta da língua, tenho. Atitude enérgica, forte e de posição, sempre. Nunca fiquei em cima de muro nenhum. Ou me atirava no fracasso, ou caía nos louros de qualquer ação bem-sucedida, escolhas intuitivamente certas, ou posições cheias de princípios e ideais. E pela minha personalidade forte, pelo pensamento duplo-ativo, essa mania de tomar à frente de tudo, tomar decisões pelos outros, todos sempre falavam: tu é a cara do Direito. Cara? Que cara? Posso ser complicada, mas não me sinto como uma pessoa cansativa, extensa talvez como os livros e aprendizados que a graduação pede. Ainda bem que entendi isso antes de entrar na faculdade...
Faltando um ano para me formar, entendo que a loucura só é possível na felicidade!
Às vezes, o que nos parece insano, é completamente compreensível aos olhos do outro.
Muitos incompreendidos são fadados à solidão. Essa má sorte eu não tive, graças a Deus!
Gosto dessas  procura de amores impossíveis, paixões inalcansáveis e que geralmente estão do outro lado do lago, ou do mar Mediterrâneo mesmo. Dessas que só se consegue com esforço! Por isso me encontrei nesse universo de letras e palavras, organizadas em frases e muitas ideias!
Mas me exercem um deslumbre sem igual, essas loucuras, tais pirações sem controle, que somente vistas de perto possam ser entendidas por completo. Gosto dessa excitação que indivíduos imprimem às vivências, e convivências, colorindo e desmistificando o que é diário, cotidiano; dando essa impressão de medo e coragem, ambiguamente, pintando pontos de interrogação nas questões mais quietinhas, ocultas.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Quanto ao "Valentine's day"

Namoro não vem com assistência técnica, nem manual, nem símbolos padronizados, nem com signos e tampouco existe semiótica que decifre os signos “namorosos”.
Namoro e paciência é virtude de poucos, ou como diz Chico Buarque alertando que nada é para já, que não precisa de afobação, afinal, um bom namorado sabe que esperar é a coisa que mais irá fazer.
Como o dia das mães, dos pais, das crianças, etc, etc, dia dos namorados é só mais um dia no calendário do consumismo!
Romance, amor, presente, declarações, jantar a luz de velas... O namoro de quem ama é isso sempre! Sem marcar data, sem obrigações de presentiar, de sair, de comemorar.
É claro, que podemos ver esses dias como uma oportunidade de homenagear, o perigo é quando nos reportamos somente a eles para conjugar o verbo demonstrar.
Antes eu era muito ligada a questão de "datas comemorativas". No entanto, fui percebendo o valor de viver comemorando, valorizando e me importando com as pessoas ao meu redor. Todo dia é di de honrar pai e mãe, de dar atenção à criança, de se declarar para o namorado... Acho que a cultura de se prender a essas datas para então valorizar de fato uma pessoa querida, é um erro! E digo isso por observar o comportamento de uma maioria, que precisam de datas para amar.
Sim, hoje eu recebi flores! Aliás, foi ainda melhor, foram rosas! As minhas preferidas... Mas essa é a nossa vivência rotineira. Ele sabe exatamente como me fazer sentir amada e valorizada e, o que importa pra mim é que isso não acontece apenas em datas específicas.
Por vezes nem sabemos a história de como essas datas se tornaram comemorativas, mesmo assim a incluimos em nosso calendário. O dia dos namorados, por exemplo, comemora-se no dia 12 de junho por ser véspera do dia 13 de junho, que é o dia de Santo Antônio, conhecido como santo casamenteiro. Possui também a influência da comemoração que é feita nos Estados Unidos e em outros países, conhecida como Valentine’s Day ou o dia de São Valentino. Um padre que, na Roma Antiga, começou a realizar casamentos às escondidas. Por causa disso foi condenado a morte, por se voltar contra as ordens do Imperador casando as pessoas.
Muito antes de Valentine o 14 de fevereiro, em Roma, já era uma época de festa relativa a encontros entre homens e mulheres. Não se sabe então se o dia dos namorados é de fato uma homenagem ao santo ou uma coincidência com a data das festas profanas da Roma Antiga. O que se sabe é que Valentino se tornou o santo e protetor, padroeiro dos namorados.
Então...
Não sei se você acredita na Bíblia, lá está escrito a claras, sobre a idolatria e a veneração à santos. Querendo ou não, o dia dos namorados é uma data romântica, pois as pessoas a tornam romântica, pelo o que já citei antes, mas nada me agrada o seu histórico cultural.
Sim! Ele também recebeu um presente. Mas foi ontem, e cá pra nós, foi pura coincidência à data, já estava querendo presentiá-lo há quase uma mês. Ontem que deu... $$!
Enfim, não sei você, mas hoje já ouvi muitas frases do tipo "hoje é dia dos namorados, por isso vamos sair", "ganhei presente hoje, porque é dia dos namorados", e outras inúmeras. Bonito mesmo é ver o romantismo diário.. Fora as pessoas que ficam tristes, ou por não terem tido tempo ou condição para comprar presente, ou por estarem sozinhas/sem namorado(a) nesse dia! Se você é uma delas, relaxa!
Amanhã é outro dia... E o ano reserva "n" oportunidades!

sábado, 9 de junho de 2012

O convite

Finalmente!

Talvez seja essa a palavra usando pela maioria dos primeiros posts em blog.
Criei coragem e, depois criei o blog. Um espaço que pretendo fazer e atualizar para expor textos que possibilitem uma infinidade de pensamentos, questionamentos e, sobretudo, o meu olhar sobre diversos assuntos. Não existe um tema específico sobre que eu pretenda falar, será um misto de tudo, seguindo a proposta do nome do blog, "contramão".


"São palavras que, de modo canhestro, aspiram a enveredar pelo avesso das coisas, admitindo-se que elas tenham um avesso, nem sempre perceptível mas às vezes, curioso ou surpreendente", como diz o "Avesso das Coisas" de Drummond.
Me deu vontade de escrever as mínimas, alguma coisa que, traduzisse um tipo de experiência vivida, que não chega a ser sabedoria mas que, de qualquer modo, é resultado de viver! Sendo assim, a quem possa interessar está feito o convite, para sem compromisso, compartilhar de convicções muitas vezes avessas, ao que ditado no mundo e pelo mundo.
Topa?!